O título desta reportagem é dúvida comum na cabeça de quem pensa em comprar um imóvel. O especialista em Gestão de Negócios Imobiliários e Construção Civil pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e diretor da J. Mareze Imóveis, de Apucarana, João Eduardo Mareze, esclarece as principais vantagens deste tipo de compra e também os riscos. 

Entre as vantagens, João Eduardo lista facilidade de planejamento financeiro, imóvel construído de acordo com as tecnologias e tendências da construção civil e da arquitetura, o que envolve aspectos estruturais e de design. “O comprador, nesta situação, tem acesso a um produto que em condições normais de compra não teria. Além disso, no período de “poupança”, aquele até a entrega da chave, consegue planejar a contratação de móveis, eletrodomésticos e decoração”, pontua. 

“Além do planejamento financeiro e também de móveis e decoração, este tipo de compra acompanha as tendências e desenvolvimento tecnológico da construção civil não só nas áreas privativas, mas nas comuns também”, sublinha. 

Ele observa outros aspectos ainda como número de unidades e previsão de gasto com condomínio. “Desta forma, o processo de aquisição se torna prazeroso porque quem compra está investindo em um produto novo e moderno”, avalia.  

João Eduardo comenta ainda que é importante considerar a modalidade de compra, incorporadora e/ou construtora, prazo de obra, percentual de poupança, quanto vai ficar para pagar lá na frente, valor da unidade na tabela de venda, índices de correção e se o empreendimento será entregue equipado e decorado ou será uma despesa após a entrega da obra por meio de chamada de capital.

O especialista em Gestão de Negócios Imobiliários e Construção Civil elenca outros pontos a considerar antes da compra como localização, para que seja avaliado o custo daquele terreno e o custo de moradia na localização, preço por m² privativos e total, número de vagas por unidade e opção de aquisição de vaga extra.

Vantagens – Entre as vantagens, além das citadas no início, o diretor da J. Mareze Imóveis acrescenta a escolha da unidade. Nesta hora, segundo ele, vale apostar naquela unidade que dificilmente vai para o mercado de terceiros por um bom tempo, como coberturas, esquinas e faces privilegiadas, como de “frente ao mar”.  “Fazer este tipo de compra no lançamento normalmente é vantajoso, pois tem uma meta inicial, o que é uma boa oportunidade para realizar bons negócios”, afirma. 

Riscos – Por saber que nem tudo é vantagem, é preciso também ficar atento aos riscos e como fugir deles. Sobre riscos financeiros, João Eduardo, orienta fazer um estudo prévio sobre a construtora, pesquisando outros empreendimentos, não só para verificar a capacidade financeira, mas também a qualidade e cumprimento de prazos. 

“Um indicador importante neste sentido, para saber se a construtora vai honrar com as obrigações da obra, é verificar a existência de financiamento para a produção, ou seja, se há um suporte financeiro de um banco no período de construção”, diz.

Planejamento financeiro aliado com as principais tendências e desenvolvimento tecnológico da construção civil é muito importante na hora de comprar um imóvel na planta, atente-se a isso.