Diferentemente do passado, propriedades na área rural contam com um verdadeiro arsenal de tecnologia e possibilidades.

Por José Marcos Mareze

Imaginem a infinidade de subtítulos sobre os quais poderíamos discorrer ao tratar de imóvel rural. Exponencial seria o termo mais adequado, mas vamos nos concentrar apenas em duas vertentes: as pequenas propriedades com seus granjeiros e as grandes propriedades com seus agrônomos de produção em alta escala, no conforto de suas enormes máquinas dirigidas automaticamente por seus GPS’s e drones.

De maneira muito simples, as pequenas propriedades e seus granjeiros produzem os alimentos de mesa que, em regime de coleta e distribuição, vão do produtor direto ao consumidor. De forma rústica e tradicional familiar, esses alimentos chegam às milhares feiras livres de bairro e pequenos mercados e frutarias. Já, quando há a utilização de tecnologia favorecendo a produção em grande escala, esses alimentos acabam nas grandes Centrais Estaduais de Abastecimento (Ceasas), servindo a toda uma rede de consumo alimentar de mercados, restaurantes, refeitórios de grandes empresas, entre outros.

Na outra escala, temos aquele produtor rural de pequeno porte, que ainda planta com suas ferramentas tradicionais. Seu produto é comercializado nas cerealistas dos municípios pequenos, onde o comerciante compra de pouco em pouco para formar lotes capazes de participar de mercados maiores, formando, assim, a ligação do pequeno ao grande mercado.

Já na escala exponencial, temos imensas áreas, pertencentes aos grandes grupos econômicos, bancos, megainvestidores que alcançam produções cada vez mais recordes, e que, nesta esfera, vão para o consumo mundial, de terra a porto, gerando cada vez mais divisas para os países produtores.

Nós, simples mortais, não temos ideia de quantos recursos estão sendo investidos no mundo para prevenir a falta de alimentos, que é tão temida. Que bom que isso esteja ocorrendo. A cada dia que passa, novas tecnologias estão sendo apresentadas e certamente teremos surpresas.

NOVA ERA – Do frango criado livre no quintal aos grandes criadouros de granjas de escala industrial, do boi criado no pastinho aos grandes confinamentos, da vaca que dá o leite tirado na mão aos grandes plantéis, onde só a máquina faz tudo. É o mundo pedindo alimentos cada vez mais e essa corrida não para.

Deixemos de lado a análise das pequenas propriedades rurais que se destinam apenas a lazer, porque podem ser tema de uma próxima análise. A infinidade de usos e aproveitamento das áreas rurais estão à disposição para ser estudadas e viabilizadas; exponencial é o termo, pois existem linhas de crédito dos mais variados tipos. Recomendar a melhor finalidade a quem tem uma área rural, que ainda não é produtiva, é uma questão de vocação de seu dono, pois os meios de produzir alimentos estão aí para quem se sentir inspirado.